O incidente foi considerado um dos piores dos últimos tempos na região
Ainda não há informações sobre cristãos entre as pessoas feridas ou mortas (foto representativa)
No último sábado, 2 de janeiro, grupos extremistas atacaram dois vilarejos ao Oeste do Níger. Os jihadistas deixaram pelo menos 100 mortos e 25 feridos no incidente que aconteceu após o primeiro turno eleição presidencial nigeriana. Os agressores invadiram os locais de motocicleta atirando contra os cidadãos e incendiaram os armazéns onde havia estoques de alimentos.
De acordo com Almu Hassan, prefeito da região atacada, até agora foram registrados 70 mortos no distrito de Tchombangou e 30 em Zarumadareye. Os dois vilarejos, separados por 7 km de distância, estão localizados a 120 km ao norte da capital Niamey, na região de Tillabéri, na fronteira com Mali e Burkina Faso. A região conhecida como “três fronteiras”, é um alvo de frequentes ações de grupos jihadistas há anos.
Muitos moradores locais acreditam que a motivação para o ataque seria uma forma de vingança pela morte de dois extremistas após invadirem um vilarejo e serem mortos pela população. No último domingo, 3 de janeiro, uma delegação liderada pelo primeiro-ministro do país, Brigi Rafini, visitou a região para apoiar os familiares das vítimas. Além disso, eles levaram alimentos e medicamentos aos moradores locais.
Soldados nigerianos que participam da Operação Amahaoun, que luta contra os grupos terroristas no país, já estão na região em busca dos responsáveis pelo ataque, mas nenhum foi encontrado até agora. Os moradores que conseguiram fugir do ataque foram para a cidade de Mangaizé, cerca de 40 km dos vilarejos, onde abrigos foram montados para acolher os sobreviventes. Ainda não há informações sobre cristãos entre as pessoas feridas ou mortas.
Fonte: Portas Abertas