Chick-fil-A: uma das maiores empresas dos EUA é baseada em valores cristãos

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Executivos da Chick-fil-A se reuniram em São Paulo com pastores, líderes e profissionais cristãos.

Encontro entre executivos da Chick-fil-A e líderes em SP. (Foto: Davi Seiffert)
Encontro entre executivos da Chick-fil-A e líderes em SP. (Foto: Davi Seiffert)

Chick-fil-A, especializada em sanduíches de frango, é uma das maiores redes de fast-food dos Estados Unidos. Mas seu grande diferencial está em sua cultura corporativa, que é baseada em princípios bíblicos.

Na quarta-feira (17), executivos da Chick-fil-A estiveram em São Paulo para um encontro com pastores, líderes e profissionais cristãos, em um evento promovido pela Lifeshape Brasil, uma organização cristã que atua no desenvolvimento de lideranças. 

Monika Majors, diretora de Pesquisa e Desenvolvimento da Chick-fil-A, atua na empresa há 12 anos e reforçou a cultura que diferencia a rede de restaurantes.

“Tudo começou com Truett Cathy e seu irmão, Ben, movidos pelo desejo de servir o Senhor por meio dos negócios”, disse Monika no evento, que teve cobertura do Guiame.

Relembrando a história, Monika relatou que a empresa foi fundada logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1946. Hoje, a Chick-fil-A opera mais de 2.900 restaurantes e tem mais de 140.000 funcionários nos EUA.

“Servimos 3 milhões de pessoas por dia, o que representa cerca de 25% de São Paulo”, ela ilustrou.

O propósito de glorificar a Deus

A executiva da Chick-fil-A reforçou ainda o propósito da empresa, que também é destacado em seu site.

“Desde o início, Truett baseou seus negócios em princípios bíblicos que ele acreditava serem bons princípios de negócios. Desde 1982, nosso Propósito Corporativo tem guiado tudo o que fazemos”, diz o site da Chick-fil-A.


Encontro entre executivos da Chick-fil-A e líderes em SP. (Foto: Davi Seiffert)

O propósito, de acordo com a empresa, é “glorificar a Deus sendo um mordomo fiel de tudo o que nos é confiado e ter uma influência positiva sobre todos os que entram em contato com Chick-fil-A.”

Uma das formas de colocar os princípios bíblicos em prática é o foco na “cultura de cuidado”.

“Nossa meta é ser a empresa que mais se preocupa no mundo”, destacou Monika. “Você não precisa necessariamente ser uma empresa cristã para fazer isso, mas acreditamos que a hospitalidade é uma vantagem competitiva. Não porque nos traz mais dinheiro, mas porque o mundo precisa de mais cuidados.” 

O foco na família

Harry Marcus, operador do restaurante da Chick-fil-A Elkton, Maryland (EUA), concorda. Há mais de 26 anos na rede de fast-food, ele diz que o que diferencia a empresa são seus “valores centrais”.

Para se tornarem operadores, os franqueados da Chick-fil-A passam por várias entrevistas e um rigoroso programa de treinamento, em um processo que pode levar meses.

“Na época em que concorri a uma vaga de operador de restaurantes, eles entrevistaram não só a mim, mas também minha esposa”, contou Harry.

A preocupação com a família é uma das bases da Chick-fil-A, segundo Harry. “Eles queriam ter certeza se eu tinha um bom relacionamento com a minha família, porque a família é a nossa base. Se sua base não está boa, você não será um bom funcionário.”

E acrescentou: “Muitos pensam que somos uma empresa cristã, mas não somos. E não sou eu quem falo isso, é o próprio Dan Cathy, filho de Truett Cathy, o fundador. O que nos diferencia, é que somos uma empresa baseada em princípios cristãos.”


Encontro entre executivos da Chick-fil-A e líderes em SP. (Foto: Davi Seiffert)

Até mesmo o fato de fechar aos domingos é baseado nos conceitos do cristianismo vindos do fundador, Truett Cathy, que era um batista devoto. Domingo é um dia para não focar nos negócios, mas na vida em família e na comunidade local.

Mesmo abrindo apenas 6 dias por semana, a Chick-fil-A arrecadou uma média de US$ 4,8 milhões por restaurante em 2016 — as vendas mais altas de todos os restaurantes de fast food nos EUA.

Brasil: um campo missionário

Trudy Cathy, filha do fundador da Chick-fil-A, e seu marido, John, foram missionários no Brasil por mais de dez anos, revelou Heber Aleixo, diretor executivo da Lifeshape Brasil, durante o evento.

“Eles chegaram ao Brasil em 1985 e ficaram até 1997, quando retornaram para os Estados Unidos, devido à enfermidade do pai da Trudy. Mas eles levaram consigo um amor muito grande pelo Brasil”, disse Heber.


Heber Aleixo, diretor executivo da Lifeshape Brasil. (Foto: Davi Seiffert)

Uma das formas que o casal encontrou de continuar servindo a nação foi através da Lifeshape Brasil — organização que atua na formação e desenvolvimento de líderes e realiza ações em 68 países.

“Entendemos que a maior crise que o mundo enfrenta hoje não é financeira, econômica ou sanitária. O que enfrentamos é uma crise de liderança”, declarou Heber. 

“A Bíblia diz que quando os justos governam, o povo se alegra. Quando Jesus subiu aos céus, Ele não disse que iria deixar para nós boas empresas, bons políticos e essas coisas que tanto ansiamos. Ele disse que deixaria para nós uma Igreja. A Igreja é a resposta de Deus às necessidades do mundo”, acrescentou.

É por isso que, segundo Heber, a Lifeshape surge para apoiar a Igreja no desenvolvimento de suas atividades. Atualmente, a Lifeshape atende três públicos: jovens universitários, pastores e profissionais cristãos.


Augusto Júnior, coordenador de projetos da Lifeshape Brasil. (Foto: Davi Seiffert)

Um dos ex-alunos da Lifeshape Brasil é Alessandro Pereira, sócio-fundador da rede Mania de Churrasco, que também esteve no encontro. “Nossa empresa cresce porque temos boas pessoas. E melhorando as nossas empresas, melhoramos o nosso país”, afirmou.

“Em muitas palestras de liderança, a mensagem é: ‘você pode, você é o melhor, você vai conseguir’. Mas na Lifeshape, a ideia é: ‘sirva, carregue sua cruz e coloque seus talentos diante do Senhor’ — mas sempre entregando boas ferramentas para o desenvolvimento da liderança”, finalizou Heber.

FONTE: GUIAME, LUANA NOVAES

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