Esposa de pregador preso na China é coagida pela polícia a “admitir culpa”
Li Shanshan foi ameaçada por dois dias consecutivos e pressionada a “admitir culpa” em relação à acusação infundada de fraude.
A polícia chinesa convocou Li Shanshan, esposa do líder da Linfen Covenant House Church, Li Jie, que está preso, para comparecer à delegacia.
A mulher foi ameaçada por dois dias consecutivos e pressionada a “admitir culpa” em relação à acusação infundada de fraude.
As autoridades acabaram por libertá-la mediante pagamento de fiança, mas ameaçaram continuar a perseguição.
Não há informações claras se Wu Tingting, que também é membro da Linfen Covenant House Church, também está sendo intimidada.
A reação da igreja
Segundo a ChinaAid, a igreja enviou uma carta com pedido de oração urgente no início da manhã de 8 de fevereiro, onde escrevem:
“Admitimos diante de Deus que somos todos pecadores, mas nunca admitiremos a culpa por uma acusação de ‘fraude’ tão ridícula”.
Os pregadores Li Jie, Han Xiaodong e Wang Qiang foram acusados de “fraude” e seus casos foram devolvidos pela Procuradoria, que recentemente retomou a investigação.
Em 4 de fevereiro, seus casos foram devolvidos ao departamento de segurança pública pela Procuradoria do distrito de Yaodu, solicitando uma investigação mais aprofundada.
Perseguições
A ChinaAid informa que fontes especulam que os membros da Linfen Covenant House Church enfrentarão uma nova rodada de perseguições.
A Linfen Covenant House Church é uma igreja doméstica que tem sido perseguida pelo regime chinês por se recusaram a ingressar no Movimento Patriótico das Três Autonomias da China, a igreja protestante sancionada pelo Estado.
Em 19 de agosto, mais de 100 policiais invadiram um evento da igreja, interrompendo uma reunião familiar. Os membros, incluindo crianças, foram detidos e levados para a delegacia.
FONTE: GUIAME, COM INFORMAÇÕES DO CHINAAID
A polícia emitiu avisos de “vigilância residencial em um local designado” (RSDL) para Li Shanshan e Chen Ying, esposa de Han Xiaodong, posteriormente. Elas foram liberadas sob fiança, mas seus maridos foram enviados para o Centro de Detenção de Yaodu por acusações de “fraude”.
Confissões forçadas
Muitos cristãos, assim como Li Shanshan, foram convocados para comparecerem à delegacia de polícia local.
Os policiais usaram diversos métodos para forçá-los a fornecer falso testemunho e provas contra os pregadores acusados de fraude.
Os cristãos estão sendo submetidos a pressão de diversos âmbitos, incluindo suas famílias, comunidades, empregadores e policiais.
Além disso, as autoridades estão obrigando os fiéis a fazer uma falsa confissão e a assinar uma declaração juramentada na qual se comprometem a não frequentar a Linfen Covenant House Church novamente.
Esses cristãos enfrentaram pressão de suas famílias, comunidades, empregadores e policiais. Juntamente com a falsa confissão, as autoridades forçaram os cristãos a assinar uma declaração juramentada, concordando que nunca mais frequentariam a Linfen Covenant House Church.
Chamada à oração
Na carta de 8 de fevereiro, a Igreja Linfen Covenant House solicita aos cristãos que orem por Li Jie, Han Xiaodong, Wang Qiang, Wu Tingting e Li Shanshan.
“Ore para que Deus os fortaleça. Atualmente, [eles] estão presos no centro de detenção. Eles não têm nenhuma informação sobre o mundo exterior ou sua família. Ore para que Deus os fortaleça e não admitam culpa ou aceitem punição”.
Na carta de oração, foi mencionado que os agentes de segurança nacional ameaçaram Li Shanshan de que a convocariam diariamente caso ela não “confesse”. Foi relatado que a mãe de Wu Tingting chegou a chorar até perder a consciência na delegacia.