MIQUEIAS ESTÁ NAS RUAS

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MIQUEIAS ESTÁ NAS RUAS

Texto:1,2, 6.1-8-7.1-20

Meus irmãos, alguém já disse: “O verdadeiro problema da igreja não é a presença ou ameaça do inimigo, mas a ausência e o distanciamento de Deus”.

O profeta Miqueias está nas ruas. Sua mensagem está estampada nos jornais, e suas manchetes se multiplicam nos outdoors, ao longo de nossas avenidas. A atualidade desse profeta é perturbadora. Ele toca nos temas mais polêmicos e denuncia os crimes mais hediondos, que ainda hoje afligem o povo tanto na cidade quanto no campo convocando o povo a uma vida real com Deus.

Miqueias não é um profeta da conveniência. Ele ergue a voz e denuncia a arrogância dos poderosos, a truculência dos ricos e a deslavada injustiça dos tribunais; ele também ergue a sua voz para condenar a conveniência vergonhosa dos profetas e sacerdotes que, por ganância, ajudam a sustentar um sistema injusto e opressor. Ele profetizou num período de declínio do Reino do Norte e de grandes tensões políticas e religiosas do Reino do Sul. Ele profetizou durante os reinados de Pecaías, Peca e Oseias, em Israel, e de Jotão, Acaz e Ezequias, em Judá (2Rs 15.23-30). Ele deve ter profetizado num período superior a quarenta anos. Nesse tempo, a Assíria estava se tornando a grande potência mundial.

O contexto econômico – A primeira metade do século 8 foi um período de grande prosperidade material para Israel, sob o governo de Jeroboão II e para Judá, sob o comando de Uzias. A Assíria ficou preocupada nesse período com os seus problemas internos, enquanto Israel e Judá viveram tempos de trégua, sem brigar entre si. Mas, a época de ouro, de prosperidade e paz já fazia parte do passado. Agora, tanto a política interna quanto a externa sobrecarregava o povo com pesados impostos. George Robinson faz um relato contundente acerca das questões econômicas desse período:

Os príncipes abusaram de seu poder. Os nobres roubavam os pobres. Os juízes aceitavam suborno. Os profetas adularam os ricos, e os sacerdotes ensinavam por soldo. A cobiça da riqueza dominava por todos os lados. Os tiranos opulentos escarneciam da possibilidade de serem apanhados. O materialismo suplantou quase o último vestígio do ético e do espiritual.

O contexto moral – A corrupção política e econômica, acobertada pelos juízes, sacerdotes e profetas fizeram das cidades redutos de pecados. Os valores morais foram tripudiados. A virtude escarnecida. Os pobres não tinham vez nem voz. Os ricos, embriagados pela ganância, assaltavam os pobres indefesos sem qualquer possibilidade de resistência. Os tribunais foram comprados por suborno. Os profetas calaram sua voz por conveniência. Os sacerdotes venderam sua consciência por dinheiro e prostituíram seu ministério. O descalabro moral atingiu toda a sociedade. Miqueias clamou contra o pecado de Israel e de Jacó. Os pecados deles passaram por toda a gama de maldades, inclusive a idolatria (1,7a), a prostituição (1.7b), gula e cobiça (2.1,2), perversão da verdadeira doutrina e religião (2.6-9; 6.2-7), falsos profetas (3.5,6), ocultismo (3.7) e presunção (3.9-11).

O contexto religioso – A situação religiosa do Reino do Norte era marcada pela idolatria, foi de mal a pior, até que o cálice da ira de Deus se encheu, e a Assíria cercou, invadiu e tomou a cidade de Samaria. Esse reino perdeu sua autonomia política e jamais foi restaurado.O Reino do Sul, numa alternância entre altos e baixos, não conseguiu realizar uma reforma espiritual profunda, mesmo no tempo áureo do rei Ezequias. O povo era religioso, ia ao templo e fazia suas ofertas, mas sua vida estava separada da fé. Havia um abismo entre o que eles professavam e o que eles faziam. Havia um profundo conflito entre a teologia e a ética.

Assim, Miqueias ensinou que a verdadeira religião leva a pessoa a uma comunhão íntima com o Senhor, e que, dessa comunhão, emana conduta íntegra para com os membros da raça humana. A mensagem de Miqueias fala ainda hoje. O profeta Miqueias está nas ruas pregando:

1- O JUIZO DE DEUS POR CAUSA DO PECADO (1-3)

O profeta Miqueias proclamou  UMA MENSAGEM AMEAÇADORA DE JUÍZO. O profeta ao olhar para a depravação de Samaria e de Jerusalém ergueu a sua voz contra o pecado destas cidades, bem como de todos aqueles que se afastaram do Senhor

Miqueias ergueu sua voz contra os pecados da cidade de Jerusalém e Samaria, anunciando o julgamento iminente por causa da violência, da injustiça social e de uma religiosidade fingida, sem compromisso com a Palavra de Deus e com o Deus da Palavra. Ele denunciou com veemência a opressão dos pobres pelos ricos. Ele desmascarou os profetas da conveniência e mostrou a desfaçatez dos sacerdotes que se vendiam por dinheiro. Ele pôs o dedo na ferida e diagnosticou os males crônicos que adoeciam a nação.

Charles Feinberg corretamente afirma que se a mensagem de Jonas é o amor de Deus a todas as nações, a de Miqueias é o juízo contra Samaria e Jerusalém. As profecias desse livro destinam-se especialmente às capitais que, como centros urbanos, influenciavam toda a nação.

Miqueias de forma contundente mostrou que o pecado atrai o juízo de Deus e os pecadores não ficarão impunes. Jack Miles chegou a dizer que em Miqueias Iavé é revelado mais como “um juiz internacional do que como um monarca”.

Isaltino Filho diagnostica os males que atraíram o justo juízo de Deus:

O livro de Miqueias é o evangelho da justiça social. Ele denuncia a opressão do fraco, o suborno entre os líderes, a expulsão de mulheres dos seus lares, a prática de toda espécie de roubo, grande parte dele em nome da religião (2.1,2,9; 3.2,9-11; 6.7,8,11,12; 7.2-6). Miqueias condena principalmente as classes superiores por sangrarem os pobres e indefesos (3.1-3). Tirar proveito dos pobres significa incorrer na ira do Todo-poderoso (6.11 -16).

Nos dias de Miqueias, o crime estava em alta, e os valores morais, em baixa. Essa realidade ainda é a mesma. A violência está presente nas grandes e pequenas cidade, as famílias estão se desintegrando. Os alicerces da virtude estão entrando em colapso. Os escândalos se multiplicam a partir dos palácios até as choupanas. O povo de Deus (igreja) está se desviando da verdade e entregando-se a rituais religiosos eivados de misticismo, sem intimidade com Deus e se conformando mundo.

2-QUE A PIEDADE ENVOLVE TODA VIDA (Mq 6.1-8)

Miqueias proclamou a vontade de Deus ( 6.1-7.6) Deus não estava interessado em coisas, ofertas, sacrifícios de bezerros, eles pensavam que Deus queria coisas ao invés do coração.

2.1- MIQUEIAS PROCLAMOU A VONTADE DE DEUS – (6.1-8). O povo era religioso, mas vivia distante de Deus. O Senhor refuta o argumento da nação com um argumento simples 6.8, mas profunda, definindo vida espiritual e adoração, verdadeira religião e ética. O comportamento externo é um indicador do coração. A verdadeira piedade abrange toda a vida.  Praticar a justiça conforme a Palavra de Deus. Amar a misericórdia envolve a inclinação da vontade para a prática das exigências do pacto para com Deus e os homens. Andar humildemente envolve um modo de vida modesto, cuidadoso que demonstra a consciência de Deus. Implica uma vida na presença de Deus.

2.2- ELE PROCLAMOU O ARREPENDIMENTO – A mensagem de arrependimento, era a vontade de Deus para o seu povo. Miqueias não apenas fez o doloroso diagnóstico, ele também ofereceu o remédio. Ele não apenas denunciou o pecado, mas também chamou o povo ao arrependimento.

A saída para a nação, não era fazer vista grossa ao pecado, nem buscar alianças políticas para se proteger, mas se voltar para Deus em sincero verdadeiro arrependimento.

O profeta Miqueias chama o povo ao arrependimento, mostrando-lhe que os desajustes sociais, a opressão política e a decadência moral eram resultados de uma religião errada, da falta de comunhão com Deus. O povo precisava se arrepender, mudar de vida. A religião precisava ser uma verdadeira religação com Deus. A nação está socialmente desarrumada porque sua relação com Deus está errada. Os males que assolam a sociedade são consequência do afastamento de Deus.

Havia um abismo entre o que eles professavam e o que eles faziam. Havia um profundo conflito entre a teologia e a ética. Essa inconsistência perturbou Miqueias. Assim, Miqueias ensinou que a verdadeira religião leva a pessoa a uma comunhão íntima com o Senhor, e que, dessa comunhão, emana conduta íntegra para com os membros da raça humana.

João Batista pregou o arrependimento  dizendo: “ Convertam-se (ARREPENDEI-VOS), porque está próximo o reino dos céus” Mt 3.2. No original o termo usado por João Batista indica uma mudança radical de mente e coração, que produz uma mudança completa de vida. Cf 2 Co 7.8-10; 2 Tm 2.25. Meus irmãos para que o homem possa escapar da punição e receber a bênção, os homens precisam experimentar a mudança verdadeira e radical da conversão.

Jesus no primeiro século Pregou o arrependimento, dizendo: ARREPENDEI-VOS porque é chegado o reino dos céus” Mt. 4.17. Meus irmãos em essência a mensagem de Jesus é a mesma de João Batista.

O apostolo Pedro pregou o arrependimento, dizendo: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo”.

O clamor  para deixar o pecado com aversão, voltando-se para Deus com confiança em sua misericórdia, e resolução perseverante de nova obediência a sua vontade At 26.19-20, como Paulo disse: “PELO QUE Ó REI AGRIPA NÃO FUI DESOBEDIENTE À VISÃO CELETIAL, MAS ANUNCIEI PRIMEIRAMENTE AOS DE DAMASCO E EM JERUSALÉM, POR TODA A REGIÃO DA JUDEIA, E AOS GENTIOS, QUE SE ARREPENDESSEM E SE CONVERTESSEM A DEUS, PRATICANDO OBRAS DIGNAS DE ARREPENDIMENTO” At. 26.19,20.

Meus irmãos, a vinda do reino  de Deus gera tanto oportunidade como a necessidade de arrependimento por parte do pecador.  O governo de Deus sobre os homens se inicia com a sua graça divina no coração dos pecadores e termina e termina em glória para Deus(BEHR).

Os reformadores proclamaram o arrependimento, Martinho Lutero disse em sua primeira tese: “ Dizendo nosso Senhor Arrependei-vos…certamente quer que toda a vida dos crentes na Terra seja contínuo arrependimento”.

Arrependimento e fé são dois elementos essenciais na conversão. São graças gêmeas que não podem ser separadas. Como João Calvino bem nos lembra, isso é verdadeiro, não apenas no início, mas durante  toda a nossa vida cristã. Nós somos crentes penitentes e penitentes crente durante todo o caminho em direção a glória.

Reino dos céus nada mais é do que NOVIDADE DE VIDA. O fundamento do arrependimento é a misericórdia de Deus, pela qual ele restaura os perdidos. É apropriado observar que todo evangelho consiste de duas partes: perdão dos pecados e arrependimento.

Isaltino Filho está correto quando ressalta que Miqueias não é um economista nem um sociólogo, mas um profeta, um pregador da Palavra de Deus. Ele analisa a vida do seu povo pela revelação divina. A decadência da religião não era tanto uma questão litúrgica, mas um abandono da ética social.

Havia um abismo entre o que eles professavam e o que eles faziam. Havia um profundo conflito entre a teologia e a ética. Essa inconsistência perturbou Miqueias. Assim, Miqueias ensinou que a verdadeira religião leva a pessoa a uma comunhão íntima com o Senhor, e que, dessa comunhão, emana conduta íntegra para com os membros da raça humana.

Os tempos mudaram, mas o homem não. A despeito de toda a nossa prosperidade e avanço científico; a despeito dos direitos internacionais serem promulgados e o respeito à soberania nacional garantida por lei, a desintegração de nossa sociedade avança a passos largos e resolutos.

Em nossa atualidade há um grande abismo entre o que as pessoas professam e o que elas praticam. Há uma inconsistência entre sua teologia e sua ética. A linha divisória entre o certo e o errado está confusa. Chama luz de trevas, e trevas de luz. Estamos num atoleiro moral. Estamos no epicentro de uma grande confusão. Estamos vivendo a época de uma lógica ilógica, de uma retórica vazia, de ideologias falsas e de uma fé sincrética.

3 – A ESPERANÇA NA MISERICÓRDIA  DO SENHOR (Mq 7.7-20).

 Miqueias não apenas deu o diagnóstico e o remédio, mas também prometeu a cura eficaz. Denunciar o pecado sem chamar o povo ao arrependimento produz desespero e não esperança. Onde há arrependimento, há também restauração. Miqueias não é um profeta pessimista como pensam alguns estudiosos. Ele sempre oferece uma porta de saída, ele sempre anuncia o escape da graça. A misericórdia de Deus prevalece sobre sua ira. A graça de Deus é maior do que nosso pecado.

James Wolfendale diz que na mensagem de Miqueias Deus tempera julgamento com misericórdia. Ele disciplina Sião, mas o Redentor vem para Sião como um homem de Belém da Judeia, e como o Poderoso Conquistador que subjugará seus inimigos e, então, Jerusalém será a igreja-mãe da cristandade. O templo será destruído, mas um edifício mais nobre será erguido em suas ruínas. A lei se cumprirá no evangelho.

Uma afirmação abrangente e resumida expressa o glorioso resultado da presença e obra do Pastor real: yhwh zeh Sãlôrn (este será paz). O termo paz- expressa inteireza, integridade, perfeita integração; nenhuma parte da vida ou das atividades que a rodeiam será contrária, contraditória ou de qualquer modo oposta ao Rei-Pastor, a seu povo e à sua vontade e plano para ele. Isto significará que todo pecado, toda influência corruptora, todos os poderes destruidores serão removidos. Isto será cumprido pelo Rei-Pastor.

Será útil uma breve relação do que Miquéias proclama a respeito do Governante:

Ele vem como um Governante

É divino

Nasce de mulher em trabalho de parto

Vem da linhagem e cidade de Davi 

Ele abre os portões 

Ele quebra os laços dos opressores 

Ele reúne os filhos do pacto

Restaura-os como o remanescente do povo escolhido

Permanece firme para governar, dirigir e servi-lo 

Pastoreia seu rebanho e o faz habitar em segurança 

Permanece soberanamente no controle de todas as forças 

Exerce autoridade e poder divinos

Faz as demais nações, grandes ou pequenas, dobrarem-se diante dele

Guia-as a seus caminhos, sua obra e sua adoração

Ele é a paz, e traz a paz aos seus, de toda tribo, língua e nação.

Miquéias não introduz nenhum elemento novo do conceito messiânico. Mas ele delineia alguns aspectos mais clara e definidamente do que tinha sido feito antes. Ele traça as linhas de Abraão, Moisés e Davi mais claramente e também as entrelaça. Faz isso quando ele, um filho da vida rural, vê o turbilhão causado pelas nações, pequenas e grandes, em sua própria terra. Miquéias, entretanto, proclama a incomparável grandeza, misericórdia e bondade de Yahwéh (7.18-20), bem como a certeza da pessoa e da obra do Messias por vir”(G. V. Revelação Messiânica)

O profeta Miqueias é uma fonte de onde jorra muitas verdades importantes. Queremos destacar algumas aqui.

Em primeiro lugar, as cidades são redutos de pecado e opressão.

Em segundo lugar, quando os maus governam, o povo geme.

Em terceiro lugar, o pecado sempre atrai o juízo divino.

Em quarto lugar, a decadência moral é a antessala do desastre político.

Em quinto lugar, a soberania de Deus abrange não apenas o seu povo, mas todas as nações.

Em sexto lugar, a misericórdia de Deus é mais profunda do que o abismo mais profundo do pecado.

Estamos precisando de novos Miqueias, que saiam às ruas, que ergam sua voz, que emboquem a trombeta nos ‘templos e nos palácios. A voz de Deus precisa ser ouvida nos centros nevrálgicos da economia, nos corredores do comércio e nos bastidores do poder, vielas e nos rincões mais distantes do nosso país, proclamando que ainda há esperança. Não em nossos governadores, no dinheiro, no homem. Mas na misericórdia do Senhor Deus. Pois ele e rico em perdoar e lança os nossos pecados no mais profundo mar, e como disse Corrie Tem Boom:  ‘E COLOCA UMA PLACA, É PROIBIDO PESCAR”.

Conclusão

O Deus do pacto é fiel à sua aliança. Miqueias coloca no velador a candeia da gloriosa doutrina do pacto. O povo de Judá é disciplinado e não destruído. O povo de Deus recebe perdão e não condenação. E isso porque Deus é fiel à sua aliança feita a Abraão, Moisés e Davi. Ainda que sejamos infiéis, Deus permanece fiel, porque não pode negar a si mesmo. Ele é consistente com sua natureza e é da sua natureza ter prazer na misericórdia e ser rico em perdoar (7-18-20). A nossa esperança está no Senhor que nos salvou e derramou seu sangue na cruz, o sangue da nova aliança em favor de todo o que nele crer.

Notas de referências

1-Groningen, Gerard Van -Revelação Messiânica no Velho Testamento, Luz Para o Caminho Campinas, SP 1995;

2- Lopes, Hernandes dias – Miqueias: a justiça e a misericórdia de Deus / Hernandes Dias Lopes. São Paulo, SP: Hagnos 2009. (Comentários expositivos Hagnos)

3- Bíblia de herança Reformada

Pr. Eli Vieira é pastor efetivo da Igreja Presbiteriana Semear, Itabuna-Bahia

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Pastor Eli Vieira é casado com Maria Goretti e pai de Eli Neto. Responsável pelo site Agreste Presbiteriano, Bacharel em Teologia, Pós-Graduado em Missiologia pelo Seminário Presbiteriano do Norte, Recife-PE e cursando Psicologia na UNINASSAU. Exerce o seu ministério pastoral na Igreja Presbiteriana do Brasil desde o ano 1997 ajudando as pessoas a encontrarem esperança e salvação por meio de Jesus Cristo. Desde a sua infância serve ao Senhor, sendo educado por seus pais aos pés do Senhor Jesus que me libertou e salvou para sua honra e glória.

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