No monte das Oliveiras, os discípulos perguntaram para Jesus acerca da invasão de Jerusalém e da consumação dos séculos (Mt 24.3). A queda de Jerusalém deu-se no ano 70 d.C., quando as hordas romanas invadiram a cidade e a destruíram. Este episódio doloroso é sinal e emblema da segunda vinda de Cristo, quando Jesus voltará em majestade e glória, assentar-se-á no trono para julgar as nações e a história fechará suas cortinas. Quais são os sinais apontados por Jesus para a consumação do século ou o fim dos tempos?
Em primeiro lugar, o engano religioso (Mt 24.4,5). Proliferaram-se naqueles dias distantes os falsos profetas e os falsos mestres. O engano religioso não é um fato novo, porém, o recrudescimento dele deve nos alertar. Muitos que, outrora, professaram a fé cristã, trocaram-na por outro evangelho, pregado por falsos profetas e se perderam nos labirintos do engano religioso.
Em segundo lugar, as guerras e os rumores de guerra (Mt 24.6,7a). A guerra nasceu no Éden, com a queda dos nossos primeiros pais. O homem está em guerra com Deus, com o próximo, consigo e até com seu habitat. Os conflitos interpessoais, interrelacionais e internacionais são um efeito colateral dos conflitos que brotam do coração. O homem é um ser em conflito. Porém, do século vinte para cá, as guerras tornaram-se mais frequentes, mais abrangentes e mais devastadoras. Há guerras étnicas e tribais, guerras motivadas por interesses econômicos e bélicos, guerras ideológicas e guerras religiosas. A terra está bêbada de sangue daqueles que tombaram nos campos de guerra.
Em terceiro lugar, os terremotos e maremotos (Mt 24.7b). Os abalos sísmicos e os tsunamis têm feito tremer a terra e convulsionar o mar. A terra tem sido sacudida por pequenos, médios e grandes terremotos que derrubam prédios, abalam estruturas, varrem do mapa cidades e ceifam vidas. O mar, em seu bramido, muitas vezes se ergue para invadir a terra, lambendo por onde passa tudo o que tem pela frente. Nos dois últimos séculos esses terremos e maremotos têm aumentado em frequência e proporção. Os sinais da segunda de vinde Cristo são notórios.
Em quarto lugar, pestes e epidemias (Lc 21.11). Os homens e os animais sempre conviveram com pestes e epidemias que impuseram medo, morte e terror. A peste negra ceifou mais de um terço da Europa. A febre espanhola foi devastadora em seus efeitos. A pandemia da COVID-19 atingiu as nações da terra, ceifando mais de seis milhões de pessoas, desafiando o poder político, econômico e científico. Esses males que vergastam a humidade apontam para o cumprimento das profecias e são um alerta sobre a volta triunfante de Jesus.
Em quinto lugar, a perseguição religiosa (Mt 24.9,10). A igreja de Cristo sempre foi perseguida. O mundo a odeia. O diabo usa toda a sua artilharia para atingi-la, enfraquecê-la e pará-la. Regimes totalitários, comunistas e ateus se opõem à igreja. Ideologias perversas vociferam contra a igreja. Cristãos são presos, torturados e mortos, mas a igreja segue caminhando firme, sobranceira e vitoriosa. O sangue dos mártires tem sido a sementeira do evangelho. A perseguição não pode destruir a igreja de Cristo; ao contrário, é como o vento que espalha ainda mais a semente santa do evangelho.
Em sexto lugar, o esfriamento do amor (Mt 24.12,13). Por causa da multiplicação da iniquidade, o amor de muitos tem se esfriado. Muitos, tendo apenas uma fé nominal, deserdam das fileiras do Mestre e apostatam da fé. Outros, escandalizados com as perseguições, viram as costas para Cristo. Ainda, outros, fascinados pela riqueza ou pelos deleites da vida, amam o mundo, conformam-se com o mundo e são condenados com o mundo.
Em sétimo lugar, a pregação do evangelho até aos confins da terra (Mt 24.15). O evangelho deve ser pregado a todos os povos, em todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então, chegará o fim. A igreja tem levantado sua voz. Missionários têm sido enviados por todo o mundo. As mídias sociais são janelas abertas para o mundo. As nações têm ouvido a voz do evangelho. Jesus breve voltará. E você, já está preparado para encontrar-se com o Senhor?
Rev. Hernandes Dias Lopes