O fato de um homem de Deus ter vivido uma vida de tamanha integridade não deveria ser um espanto, mas algo comum entre os santos.
No último mês a Igreja perdeu um grande referencial de fé e caridade, o pregador americano Billy Graham. Sua partida para o descanso eterno após ter exercido um dos ministérios mais influentes de todos os tempos, alcançando milhões de pessoas através da pregação do evangelho, deixou consternada a Igreja Evangélica em todo o mundo.
Diante de um tempo de tamanha apostasia e descompromisso com as verdades centrais da Bíblia, a morte do renomado evangelista causou comoção e temor. Billy Graham, ao longo de seus 99 anos, nunca se envolveu em nenhum escândalo, nada podia ser usado para abalar seu ministério, exercido por cerca de seis décadas.
Enquanto muitos líderes religiosos estão envolvidos em escândalos financeiros, sexuais e morais, Graham viveu uma vida focada no exercício da sua função ministerial, que era de anunciar o Evangelho a toda criatura, alcançando o maior número possível de pessoas para Jesus Cristo.
O fato de o homem de Deus ter vivido uma vida de tamanha integridade não deveria ser um espanto, mas algo comum entre os santos. Porém, é cada vez mais difícil encontrar entre os homens aqueles que realmente vivem uma vida santa e íntegra diante de Deus, pois muitos já se corromperam.
Ao olhar para Billy Graham e como espectadores, observarmos a forma como ele exerceu seu ministério, só podemos chegar a uma única conclusão: Cristo era o centro de sua vida. As pregações, os estudos, os livros, tudo o que ele produziu era sobre a verdade central da Bíblia, que é a salvação através de Jesus Cristo.
Graham viveu de fato o propósito central do chamado de Cristo, pois procurou levar o Evangelho a toda criatura, de maneira simples, coerente e íntegra. Não buscou outros meios de convencer a humanidade de que seguir a Jesus é a melhor das escolhas, senão pela pregação da cruz.
As cruzadas evangelísticas organizadas por este ícone cristão não tinham como foco a prosperidade, os benefícios da fé, a satisfação pessoal ou a autoajuda. Nem tão pouco tinha a intenção de fazer militância ou obter status social, mas enfatizar a verdade sobre a salvação através da cruz.
Quisera que pudéssemos ver Deus levantar em nosso país homens como Billy Graham, que vivessem uma fé genuína, que fossem um exemplo para esta nação. A Igreja no Brasil precisa ver homens voltados a anunciar o Evangelho de maneira íntegra, sem o descompromisso teológico que vemos em nossos púlpitos.
Billy Graham sentiu o mesmo desejo em seu tempo, quando foi vistar na Inglaterra, em 1940, a antiga reitoria de Epworth, onde residia a família de John Wesley, um dos grandes avivalistas do século XVIII. James Edwion Orr, professor da Faculdade Wheaton, levou seus alunos até este lugar e Graham estava entre eles.
Conta-se que ao lado da cama de John Wesley encontrava-se dois pequenos círculos onde o tapete estava desgastado pelas marcas de seus joelhos após tanto orar pela renovação espiritual da Inglaterra. E foi neste local que o professor encontrou Billy Graham ajoelhado, orando: “Faz de novo, Senhor! Faz de novo!”.
O aluno foi o último a embarcar no ônibus para deixar o local, pois só parou de orar quando foi interrompido por seu professor. Talvez seja por este motivo pelo qual Billy Graham tenha se tornado um referencial para o seu tempo, conquistando o respeito de cristãos de todas as denominações.
Que a nossa oração seja a mesma de Billy Graham diante do exemplo de John Wesley. Que ao orarmos, possamos pedir que Deus faça novamente, como fez com John Wesley, como fez através de Billy Graham. Que Deus levante mais homens como Billy Graham.
FONTE: GUIAME, JOEL ENGEL
RETIRO IP SEMEAR 2023