Somente em Kajuru, o número de mortes chegou a 130, conforme informa líder cristão local, que organizou um protesto
Líder de vilarejo dentro de sua casa destruída em ataques de milícias de pastores de cabras fulanis
Em ataque de militantes fulanis no município de Kajuru, no estado de Kaduna, na Nigéria, mais de 50 pessoas foram mortas e mais de 140 casas destruídas, conforme informamos. Após ataque, centenas de pessoas organizaram um protesto em Abuja, a capital do país, por causa das contínuas mortes. O líder cristão William Kaura Abba disse aos jornalistas que eles queriam chamar a atenção dos seus compatriotas e da comunidade internacional sobre os ataques.
O líder cristão afirmou: “A última atualização do número de mortos já ultrapassou 130, com várias comunidades reduzidas a entulhos. Isso é o cenário de uma crise humanitária que já deixou mais de 10 mil desabrigados vivendo agora nos campos para deslocados internos”. A atual onda de ataques começou em 10 de fevereiro, quando milícias de pastores de cabras fulanis atacaram o vilarejo de Ungwar Barde, em Maro. “Para nossa surpresa e consternação, nenhuma palavra sobre as mortes foi dada pelo governo estadual de Kaduna”, diz o líder cristão.
William ficou chocado com o fato de cinco dias após o ataque, em 15 de fevereiro, o governador Nasir Ahmed El-Rufai ter feito um pronunciamento na TV revelando que agências de segurança tinham descoberto os corpos de 66 fulanis mortos por nativos de Adara. Depois, o governador aumentou o número para 130. Mas, segundo William, não há provas fotográficas dessa suposta alegação.
A Portas Abertas já registrou 168 mortes em ataques desde o começo de 2019 nos estados de Plateau, Benue, Kaduan e Taraba. Esse número não é considerado absoluto, mas uma indicação de que a violência fulani continua a ser uma verdadeira crise. Nossos irmãos da Nigéria contam com nossas orações em meio a essa situação.
Fonte: Portas Abertas