APPLE
Alguém poderia imaginar que uma maçã, antes colorida e agora prateada, se tornaria mais famosa que a fruta que representa a cidade de Nova York ou a maçã, que é símbolo dos discos dos Beatles? Com certeza não. Em matéria de maçã como um símbolo, a da marca APPLE talvez seja apenas comparável a de Adão e Eva. Mas o fato é que, quando se fala em símbolo e quando esse símbolo é uma maçã, com uma pequena mordida é bem verdade, o que hoje nos vem imediatamente à cabeça são produtos revolucionários e inovadores como o tocador de música digital iPod, o telefone celular iPhone, o tablet iPad ou os computadores iMac. A marca que traduz aos usuários toda a imagem da criatividade, inovação, design e originalidade, se tornou uma das mais cultuadas do mundo comanda por décadas por um gênio que se especializou em refinar ideias e conceitos já existentes e apresentá-los sob uma roupagem nova, capaz de gerar um incontrolável desejo de consumo em milhões de pobres mortais.
A história Tudo começou quando os jovens engenheiros Steve Wozniak e Steve Jobs, que tinham sido colegas de turma no colegial, vislumbraram a possibilidade de desenvolver e comercializar computadores pessoais. Ambos eram ávidos apaixonados por inovação e interessados em eletrônica. Após a graduação, continuaram amigos e em contato direto, trabalhando em empresas localizadas no Vale do Silício. Jobs trabalhava na Atari e Wozniack na tradicional Hewllet-Packard. Jobs com sua grande visão futurista insistia que ambos, mais Ron Wayne, deveriam tentar vender computadores pessoais. A ideia era desenvolver um microcomputador que pudesse ser menor e bem mais acessível que os modelos desenvolvidos pela lendária PARC. Essa ideia e união de três gênios resultaram no surgimento da APPLE COMPUTER COMPANY no dia 1° de abril de 1976. Quem diria que esses dois jovens hippies da Califórnia realizariam o sonho de levar o computador, até então desconhecido de muita gente, para dentro das casas.
O capital inicial da nova empresa, com sede na garagem da casa dos pais de Steve Jobs, era originário da venda de uma Kombi e de uma calculadora HP. A palavra “apple” foi escolhida por três razões: o nome iniciava-se com “A”, portanto apareceria listado na frente da maioria dos competidores; ninguém esperaria uma associação de sentidos de uma maçã com computadores, sendo uma aposta no inusitado; e uma maçã está ligada a uma vida saudável (“an apple a day keeps the doctor away”). Além do mais, muito acreditam que a maçã desenhada com faixas era uma alusão à marca listrada da poderosa IBM e o pedaço mordido uma clara referência ao pecado bíblico. Foi nessa garagem que eles construíram 50 computadores em 30 dias para um varejista local, vendendo por US$ 500 cada peça.
Steve Jobs, não queria somente vencer a concorrência no ramo dos computadores pessoais, mas sim, mudar uma sociedade, criar uma nova perspectiva de vida para uma nova geração que estava por vir. A recém-fundada empresa resolveu então colocar no mercado um computador batizado de Apple I, criado e desenvolvido por Wozniack. Porém, os hobistas não levaram o Apple I, vendido por US$ 666.66, a sério e os computadores da empresa só decolaram em 1977, quando o Apple II foi apresentado em uma feira de informática. Primeiro computador a ter o CPU feito de plástico e com designs gráficos coloridos, era uma máquina impressionante capaz de rodar programas gráficos, jogos eletrônicos e utilitários, e fez muito sucesso, apesar de seu preço elevado, cerca de US$ 1.200. Em meados de 1978, o lançamento do Apple Disk II, o floppy drive mais barato da época, fizeram com que as vendas da empresa disparassem. Com o aumento das vendas, veio também um aumento significativo da empresa e pôr volta de 1980, quando o Apple III foi lançado no mercado, a APPLE começou a vender seus computadores também para o exterior. No afã de dar continuidade à revolução que iniciou, Jobs cometeu o que talvez tenha sido seu primeiro erro: mandou seus projetistas eliminarem a ventoinha do Apple III, o que resultou na necessidade de substituir milhares de unidades danificadas por superaquecimento.
Três anos mais tarde, seria lançada uma versão revisada do Apple III, mas a imagem da máquina já tinha sido irremediavelmente arranhada pela falha de projeto do modelo anterior. Em 1981 as coisas começaram a se complicar. Primeiro, o mercado ficou saturado dificultando as vendas. Depois, Wozniack sofreu um acidente aéreo ficando ausente da empresa e Steve Jobs assumiu o controle. E para complicar o fracasso do computador Lisa, batizado assim em homenagem a filha de Jobs. Era o início de uma grande crise que culminaria com a saída de Steve Jobs da empresa após feroz desentendimento com John Sculley, CEO da APPLE na época.
Nem o estrondoso lançamento do Macintosh em 1984 foi capaz de conter a crise. De uma hora para outra os computadores da APPLE perderam o brilho e traziam uma interface desatualizada para os padrões da época, com características que desagradavam aos consumidores.
Foi apenas em 1991 que a APPLE começou a acordar de seu pesadelo e lançou o primeiro PowerBook, um computador portátil que reconquistou o público, alcançando um grande sucesso nas vendas. Apesar de todas as ações tomadas pela empresa, em 1995 a APPLE continuava em crise. Com problemas para compra de peças e montagem de produtos, a empresa ainda tinha que lidar com questões jurídicas envolvendo a Microsoft e seu Windows 95, que copiou descaradamente a interface gráfica do Mac. Em meados dessa década, quase a beira da falência, a APPLE começaria a protagonizar uma das maiores reviravoltas que o mundo dos negócios já tinha presenciado, justamente após a volta de Steve Jobs a empresa em 1996. Com o gênio de volta a marca da maçã iniciou uma sequência incrível de lançamentos de produtos e programas, dentre os quais o iMac (computador cujo gabinete era integrado ao monitor e cuja beleza e ausência dos já conhecidos cabos conectores chamou a atenção do público jovem e colaborou com a popularização da marca), e mais recentemente, nos últimos anos, com o iPod (permitiu que as pessoas transportassem todo o seu acervo de músicas no bolso), iPhone (redefiniu a categoria de smartphones ao se mostrar fácil de usar e reunir uma série de funcionalidades de computação e entretenimento em um só aparelho) e o iPad (que consolidou o mercado de tablets e inaugurou a “era pós-PC”). Além disso, a empresa da maçã lançou o iTunes, um player moderno que armazena, organiza músicas e as sincroniza com o iPod. Junto ao player, a iTunes Store, uma loja em que milhões de músicas podiam ser compradas online, por um preço razoável.
Todos esses produtos se tornaram estrondosos sucessos de vendas e revolucionaram o mundo dos computadores e da comunicação, acabando com as inúmeras crises por qual a empresa passou, transformando-a na mais inovadora e uma das mais poderosas e influentes do mundo. Afinal, Jobs soube como nenhum outro, utilizar a tecnologia como um instrumento para influenciar a cultura e satisfazer, muitos diriam até mesmo criar, desejos e necessidades em consumidores de todo o planeta. E essas maquininhas fantásticas criadas pela APPLE, além de contribuíram para a formação de um estilo de vida conectado, afeito à mobilidade e no qual a informação trafega fácil e rapidamente, colocaram o mundo na ponta dos dedos de milhões de consumidores, que transformaram uma maçã mordida em ícone de adoração, arregimentando uma legião de devotos, aquilo que os profissionais de marketing chamam de evangelizadores da marca.
A crise vivida em boa parte dos anos de 1990 não impediu que APPLE fosse pioneira ao lançar produtos revolucionários, como por exemplo, a impressora laser PostScript; o Desktop Publishing; a Universal Serial Bus, popularmente conhecida como entrada USB que substituiu diversas outras, se tornando um padrão mundial, e atualmente usada em Pen Drives e MP3 Players; os primeiros laptops com mouse de série e teclados externos (série PowerBook 100, introduzidos em 1991); o abandono do leitor de disquetes (iMac original, introduzido em 1998); o primeiro computador disponível comercialmente a se basear principalmente no USB para a conexão de periféricos (iMac original, introduzido em 1998); e o primeiro laptop com monitor de tela larga (PowerBook G4, introduzido em 2000).
Em junho de 2005, Steve Jobs surpreendeu o mundo da informática ao anunciar que a APPLE estava trocando os processadores PowerPC de seus computadores por processadores da marca Intel. Os primeiros modelos de Macintosh equipados com chips da Intel apareceram à venda no começo do ano seguinte: o MacBook Pro e o iMac, ambos equipados com o processador Intel Core Duo. A frase da campanha para o lançamento dos novos modelos, bastante provocativa, era: “O que um chip Intel faria dentro de um Mac? Muito mais do que já fez em qualquer PC”. Com o lançamento de dois novos produtos, o Apple TV e o iPhone, durante a MacWorld 2007, a APPLE anunciou a mudança do seu nome de APPLE Computers Inc. para Apple Inc. Esta mudança ocorreu principalmente pelo novo posicionamento mercadológico que a empresa passou a adotar. A empresa, com estes dois novos produtos, e juntamente com o iPod e seus computadores, passou a atuar não somente no mercado de informática mas também no mercado de eletrônicos. Hoje em dia, MacBooks poderosos, iMacs que carregam toda a potência de um computador dentro do próprio monitor e iPhones e iPads cada vez mais versáteis, provam a total capacidade de inovação da empresa. Além disso, a APPLE mostra ao público tecnologias que visam a portabilidade, como o incrível MacBook Air, o iPod nano 3G e o iPad, produtos que provam o poder da empresa no mundo da tecnologia.
Com a morte de Steve Jobs no início do mês de outubro de 2011, a torcida dos fiéis devotos da maçã prateada é de que os homens escolhidos a dedo por ele para seguir com o seu legado, como Tim Cook (para o cargo de CEO), Jonathan Ive (vice-presidente de design e comandante de uma área vital para que os aparelhinhos da inovadora maçã façam o sucesso estrondoso) e Phil Schiller (vice-presidente de marketing), tenham aprendido com o mestre não só a hora de ser pragmático, mas, sobretudo, como ser detalhista e visionário. O desafio desde então é mostrar que a APPLE pode manter acesa a chama da inovação, a capacidade de revolucionar o mercado e influenciar a sociedade.
Com o crescente aumento da concorrência, especialmente por parte da coreana Samsung e do Google, a APPLE contra-atacou em maio de 2014 ao adquirir a fabricante de fones e acessórios de música Beats Electronics, fundada pelo rapper Dr. Dre, por US$ 3 bilhões. A aquisição é a maior da companhia americana, superando o pagamento de US$ 450 milhões feito em 2011 pela Anobit Technologies, uma desenvolvedora de semicondudores para memórias Flash. Tudo leva a crer que a empresa pode transformar a Beats em uma megaplataforma de vídeo, música e conteúdo sob demanda. Fundadores da Beats, Jimmy Iovine e o rapper Dr. Dre passarão a trabalhar para a APPLE. A empresa, porém, não informou qual será a função deles. Outra novidade aguardada ansiosamente pelo mercado é o lançamento do iWatch, o “relógio inteligente” da empresa americana, que visa explorar o crescente poder dos sensores que podem detectar a temperatura do corpo, localizações geográficas e obedecer comandos de voz da pessoa em movimento.
A linha do tempo 1983 ● Lançamento do LISA, primeiro computador com interface gráfica, conhecida como GUI, o que mudava para sempre o mundo da informática. Era a primeira vez que uma máquina podia ser usada por qualquer um, sem linguagem especial, pois a operação era feita através de menus e comandos simples. O avançado computador tinha 1MB de memória RAM, dois drives de disquete, disco rígido de 5MB e um monitor de 12 polegadas. Outra inovação era o mouse. Mas seu alto preço (aproximadamente US$ 10.000) não empolgou o público. O nome do computador foi inspirado na filha de Steve Jobs. 1984 ● Lançamento do MACINTOSH, primeiro computador pessoal a popularizar a interface gráfica amigável com um sistema operacional revolucionário. Somente em 2010 foram vendidos aproximadamente 9 milhões desses computadores. 1989 ● Lançamento do MACINTOSH PORTABLE, primeiro modelo de computador portátil da marca. Pesando 7.2 kg e desajeitado devido ao seu tamanho, o modelo era considerado mais uma “mala” do que um portátil. 1990 ● Lançamento do MAC OS, um sistema operacional próprio, que estreou no mercado depois de uma longa batalha com a Microsoft, em virtude do sistema operacional Windows. 1991 ● Lançamento do QUICKTIME, primeiro player criado para computadores. Era um poderoso software de multimídia capaz de reproduzir arquivos de vídeo, som, animação e música de vários formatos. ● Lançamento do POWERBOOK 100, a nova geração do Macintosh portátil, vendido inicialmente por US$ 2.500. Este computador ajudou a solidificar a reputação da APPLE em produzir desktops e laptops de alta qualidade. 1993 ● Lançamento do NEWTON MESSAGE PAD, primeiro assistente pessoal digital (PDA, na sigla em inglês) com tela sensível ao toque (touch screen), que surgia para destronar os modelos da IBM e da Palm. Seu sistema inovador de reconhecimento de escrita, contudo, ficou só na promessa: o aparelho registrava os caracteres errados. Apesar de ter sido um fracasso comercial, o Newton estabeleceu a base de uma nova categoria que foi a precursora e inspiradora de aparelhos como o BlackBerry, o Palm Pilot e o Pocket PC. 1994 ● Lançamento do QUICKTAKE, uma das primeiras câmeras digitais voltadas para o consumidor doméstico que se tornou um tremendo fracasso comercial. Ficou no mercado durante 3 anos. 1996 ● Lançamento do APPLE PIPPIN, um videogame que se tornou um enorme e estrondoso fracasso devido a dois fatores: pouca quantidade de jogos publicados e ao grande número de consoles que eram vendidos com defeitos de fabricação. 1997 ● Lançamento do POWERMAC G3 e do POWERBOOK G3, computadores e notebooks mais rápidos da época, desenvolvidos para profissionais de computação gráfica. Esses computadores eram baseados em uma nova série de processadores. 1998 ● Lançamento do iMac, um computador sem disquetes (apenas CD), com entradas USB (primeiro computador a oferecer isso), design inovador e várias opções de cores, que se tornou um ícone pop e ganhou o título de computador pessoal que mais vendeu em seu lançamento. Era chamado de “a segunda revolução” dos PCs.
1999
● Lançamento do iBook, versão portátil do iMac que acumulou 140.000 pedidos de compra antes mesmo de sua estreia oficial nas lojas. ● Lançamento do POWERMAC G4, um computador voltado para profissionais de publicidade e designers. 2001 ● Lançamento do iPod. Em meio ao boom da música digital na internet, a empresa cria um tocador portátil de arquivos MP3 e comemora mais um sucesso instantâneo de vendas. Este primeiro modelo era compatível apenas com os computadores Macintosh, tinha capacidade de 5GB e chegou às lojas dos Estados Unidos por US$ 399. Nos dois primeiros meses o produto vendeu 125 mil unidades. Com capacidade para guardar mil músicas e fazer seleções personalizadas, dominaria o mercado, tornando-se o Walkman da geração digital. Em todas as suas versões o iPod já vendeu mais de 300 milhões de unidades. ● Lançamento do iTunes, melhor player de música já criado, sendo desenvolvido para reproduzir e organizar arquivos de música e vídeo digitais. Pelo iTunes também seria possível fazer compras de músicas e vídeos na iTunes Store e carregar arquivos. ● Lançamento do Mac OS X, uma grande evolução de estética e usabilidade do seu sistema operacional, abandonando de vez o MAC OS, e passando a utilizar um sistema operacional muito mais avançado e eficiente. 2002 ● Lançamento do iMac LCD. Enquanto fabricantes do mundo todo copiavam ou adaptavam o design surpreendente do primeiro iMac, a empresa dava um passo à frente com a nova versão da máquina. Similar a um abajur, com uma tela de cristal líquido presa a uma haste móvel, o novo iMac era o primeiro computador-objeto de decoração que o mundo já viu. 2003 ● Lançamento da iTunes Store, maior acervo de música digital legalizado do mundo, criado para venda de músicas, clipes, álbuns, seriados e até filmes através da internet. Foi uma resposta da APPLE para a disputa entre as gravadoras e os usuários de sistemas de downloads de músicas. Vendendo músicas avulsas de forma eficiente e relativamente barata pela internet, o novo sistema inaugurou o futuro da indústria musical. Em abril de 2008, a iTunes Store ultrapassou o Walmart e tornou-se a maior vendedora de músicas do mundo. A empresa vende sete em cada dez arquivos de música comercializados legalmente. Hoje em dia a iTunes Store está disponível em mais de 23 países oferecendo mais de 20 milhões de títulos musicais, 3.500 filmes, 3.500 programas de TV, 45.000 vídeo clipes, 30.000 audiobooks e mais de 1 milhão de podcasts. ● Lançamento do SAFARI, um navegador de internet introduzido pela APPLE junto com seu sistema operacional MAC OS X no dia 7 de janeiro. 2004 ● Lançamento do iPod Mini, versão menor do aparelho original. Foi descontinuado em 7 de setembro de 2005, sendo substituído pelo iPod Nano. ● Lançamento do iPod Photo, que apresentava uma tela colorida com capacidade de armazenar e exibir imagens (em vários formatos como JPEG, BMP, GIF, TIFF e PNG) e executar música por até 15 horas. Lançado originalmente em versões de 40GB e 60GB. Em 2005 este aparelho se fundiria com a linha iPod. ● Lançamento do G4 Cube, um computador com design extremamente moderno, mas que não decolou em vendas por ser mais caro dos que os demais modelos da APPLE. Esteve à venda por apenas um ano. 2005 ● Lançamento do iPod Nano, um aparelho com design mais fino, que viria a substituir o iPod Mini. Estava disponível em cinco cores cheias de estilo, display mais brilhante, com capacidade de 2GB, 4GB e 8GB. A maior novidade em relação ao seu antecessor era a substituição do HD por memória flash, o que fez com que o tamanho e o peso fossem drasticamente reduzidos. ● Lançamento do iPod Shuffle, versão mais simples do iPod, criado com o intuito de ser menor, mais leve e mais barato. Além de não contar com um visor e com um Click Wheel, também não utilizava um HD. ● Lançamento do Mac Mini, menor computador desktop vendido pela APPLE, que foi desenvolvido com o objetivo de atrair proprietários de computadores Windows, iPods, modelos mais antigos de Macintosh, e qualquer um que se interessasse por um computador pessoal pequeno e fácil de usar. Foi anunciado na Macworld Conference & Expo do dia 11 de janeiro. Dois modelos foram lançados nos Estados Unidos no dia 22 de janeiro. Versões ligeiramente melhoradas foram introduzidas no dia 26 de julho. Modelos atualizados com processadores Intel Core foram lançados no ano seguinte. 2006 ● Lançamento do MacBook, um computador portátil, sucessor do iBook, que possuía melhorias significativas como tela Wide Screen e os processadores Intel Core Duo que maximizaram a confiabilidade, velocidade e, principalmente, o consumo de energia em relação ao antecessor. 2007 ● Lançamento do iPhone. Um telefone celular com funções de tocador de áudio, câmera digital e internet. A navegação era feita através de sua tela sensível a múltiplos toques (multitouch). Destacava-se ainda pela utilização de uma versão “enxuta” do sistema operacional OS X. Outra característica da interface era a fluidez dos movimentos e trocas de telas. No dia 10 de janeiro, que mais parecia final da Copa do Mundo, nas lojas da APPLE, milhares de fãs se aglomeravam em frente aos monitores de televisão para ver o presidente da empresa, Steve Jobs, anunciar o iPhone seis meses antes de ser lançado no mercado. Poucas horas depois do anúncio, os papéis da empresa na bolsa de valores subiram 8.3% deixando a APPLE US$ 6 bilhões mais rica. Em apenas seis meses foram vendidos 4 milhões de aparelhos. ● Lançamento no dia 26 de outubro do Mac OS X Leopard, nova versão do sistema operacional da marca. Os novos recursos incluíam um sistema de backup de arquivos conhecido como “Time Machine”, melhoras nos sistemas de e-mail e mensagens instantâneas, capacidade de visualizar documentos ou arquivos sem abrir um programa separado, e acesso rápido a outros computadores em uma rede doméstica ou de escritório. O Leopard era a sexta versão do sistema operacional da APPLE em seis anos, um feito que a empresa não perde tempo em contrastar com a prática da Microsoft, que levou mais de cinco anos para lançar uma nova versão do Windows. O sistema operacional vendeu mais de 6.5 milhões de cópias desde seu lançamento. ● Lançamento do iOS, um sistema operacional móvel desenvolvido inicialmente para o iPhone, e atualmente utilizado no iPod Touch, iPad e Apple TV. A interface do usuário é baseada no conceito de manipulação direta, utilizando gestos em multi-toques. A interação com o sistema operacional inclui gestos como apenas tocar na tela, deslizar o dedo, e o movimento de “pinça” utilizado para ampliar ou reduzir imagens. ● Lançamento do iPod Touch, versão que apresenta os recursos Cover Flow e Multi-Touch para a linha do iPod. Foi a primeira geração da linha a incluir acesso Wireless à iTunes Store. ● Lançamento da Apple TV, aparelho capaz de executar vídeos digitais gravados em computadores nos televisores. Em 2010 foi lançada a nova versão do aparelho, bem menor que a anterior. A caixinha também possui acesso à Netflix, podcasts e Flickr. Além disso, os usuários podem acessar streaming de música a partir de seus computadores e usar o AirPlay para enviar conteúdo multimídia de seus dispositivos. Em pouco mais de um mês a empresa vendeu mais de 250 mil unidades da nova versão do aparelho. No geral, a APPLE TV é uma central de mídia onde é possível alugar e reproduzir filmes, músicas, ver fotos e assistir a alguns canais de televisão. 2008 ● Lançamento do Mac Book Air, o mais delgado, leve e irresistível computador portátil da história, com apenas 1.9 centímetros de espessura, pesando 1.36 quilos e tela de 13.3 polegadas. O novo laptop contava ainda com uma câmera embutida iSight e não incluía leitor ou gravador de CD ou DVD, mostrando que a APPLE apostava cada vez mais na transmissão de dados sem fio. O produto foi apresentado na MACWORLD por Steve Jobs que fez questão de tirá-lo de dentro de um envelope ofício para reforçar suas proporções.
● Lançamento do iPhone 3G, uma nova geração do aparelho, mais fino e maior que seu antecessor, além de ser vendido nas cores brancas e pretas. A versão contava com alguns novos aplicativos, como GPS e ferramentas para blogueiros. O aparelho começou a ser vendido no dia 11 de julho em 22 países (o Brasil não estava incluído) ao preço de US$ 199 para o modelo com 8 GB de memória, o equivalente a um terço do preço inicial da versão anterior. ● Lançamento da App Store, loja online para venda de programas e aplicativos para iPhone, e posteriormente iPads, em várias categorias, incluindo jogos, negócios, notícias, esportes, saúde e viagens. A loja alcançou sucesso imediato, impulsionando as vendas do smartphone e ajudando a remodelar a forma de distribuição de conteúdo para celulares. Atualmente a loja oferece mais de 700 mil aplicativos para iPhone, além de 500 mil para o tablet iPad. Em abril de 2009 atingiu 1 bilhão de downloads (o aplicativo de número 1 bilhão foi o Bump, baixado por um americano). Já no dia 22 de janeiro de 2011 a loja alcançou 10 bilhões de downloads, enfatizando a liderança da APPLE na batalha de software online para celulares. 2009 ● Lançamento do MAGIC MOUSE, um mouse sem fio com tecnologia inteiramente sensível ao toque inspirado no iPhone. O novo produto, com design moderno e superfície sem emendas, dispensa os botões e permite ao usuário manipulá-lo apenas com o movimento dos dedos. Apenas com gestos, os usuários podem paginar documentos, girar imagens grandes ou avançar páginas da internet. Pode ser configurado para canhotos e funciona à até dez metros de distância do computador. ● Lançamento do Mac OS X Snow Leopard, nova versão do sistema operacional da APPLE. Entre as mudanças mais importantes no sistema destacavam-se a transição para a plataforma de aplicativos de 64 bits; o Grand Central Dispatch, que permite aos equipamentos com processadores de vários núcleos tirarem melhor proveito dessa característica; e o OpenCL, sistema que permite aos Macs utilizarem melhor os processadores gráficos e aprimorar o desempenho nessa área. 2010 ● Lançamento do iPad, primeiro computador em formato de prancheta digital da marca, que une computador, videogame, tocador de música e vídeo, além funcionar como leitor de livro digital. Pesando pouco menos de 700 gramas e equipado com uma tela sensível a múltiplos toques de 9,7 polegadas, com espessura total de 1,2 centímetros, o aparelho, apresentado como “mágico” e “revolucionário”, pois para digitação podia ser ligado a um teclado externo próprio ou apenas utilizar as teclas virtuais exibidas na tela. O iPad utilizava um processador Apple A4 de 1 GHz, tinha conectividade Wi-Fi, armazenamento de 16 GB a 64 GB (em memória Flash), Bluetooth 2.0, alto-falantes, microfone e bateria com duração de até 10 horas. A principal novidade era o aplicativo iBooks (para leitura de livros eletrônicos), resultado de diversos acordos de distribuição de conteúdo da empresa com as editoras Penguin, Harper Collins, Simon & Schuster, Macmillan, e Hachette. O aparelho chegou às lojas dos Estados Unidos custando a partir de US$ 500 na versão mais barata, e vendeu em seu primeiro dia 300.000 unidades. Em 80 dias já tinham sido vendidos mais de 3 milhões de aparelhos; e em dezembro atingiu a marca de 14.7 milhões de unidades. Um verdadeiro sucesso. ● Lançamento do iPhone 4, quarta geração do ícone da APPLE que trouxe novas funcionalidades como resolução de imagem melhor, possibilidade de fazer ligações com vídeo, câmera de 5 megapixels com Flash de LED, câmera de vídeo com resolução em HD e iluminação de LED, e bateria com vida mais longa. O design também mudou: as formas deixam de ser tão arredondadas. 2011 ● Lançamento da Mac App Store, loja online com cerca de mil aplicações gratuitas ou pagas para os computadores Mac. ● Lançamento do iCloud, serviço de armazenamento de conteúdo a distância via internet, através do qual é possível fazer downloads de músicas e outras mídias e compartilhá-los simultaneamente em qualquer aparelho da APPLE. ● Lançamento do iOS 5, nova versão do sistema operacional móvel da APPLE. Essa versão apresentava novidades como um sistema de mensagens gratuitas entre aparelhos que levam o mesmo sistema operacional móvel. ● Lançamento do iPhone 4S, que embora tenha o mesmo design da versão anterior, trazia consideráveis melhorias, como por exemplo, a câmera e o processador mais poderosos, e ao menos um recurso potencialmente revolucionário, que atende pelo nome de Siri (pelo qual basta que o usuário fale com a máquina para que ela entenda e obedeça). 2012 ● Lançamento do iPad Mini, tablet com tela de 7,9 polegadas (a versão original possui 9,7 polegadas). ● Lançamento do OS X Mountain Lion, nona versão do sistema operacional da APPLE. Essa versão do sistema operacional já foi baixada mais de 8.5 milhões de vezes. 2013 ● Lançamento do iPhone 5S, sexta geração do smartphone da APPLE. O aparelho é 18% mais fino, 20% mais leve, duas vezes mais rápido e com a tela meia polegada maior que o modelo anterior. No dia de seu lançamento bateu um recorde expressivo: se tornou o mais vendido da história com 2 milhões de unidades nas primeiras 24 horas. ● Lançamento do iPhone 5C, smartphone com corpo de plástico, que apresenta tela de Retina com 4 polegadas, disponível nas cores verde, branca, azul, rosa e amarelo. ● Lançamento do iPad Air, tablet que manteve a tela de 9,7 polegadas do antecessor, mas é mais fino, leve e rápido. ● Lançamento do iTunes Radio, sistema de streaming de músicas desenvolvido para usuários do sistema operacional iOS. O programa conta com um grande catálogo de músicas. ● Lançamento do novo Mac Pro®. Projetado com base em um inovador núcleo térmico, a novidade apresenta os mais recentes processadores Intel Xeon com até 12 núcleos, duas GPUs classe workstation, seis portas Thunderbolt 2, armazenamento flash baseado em PCIe e memória ultra-rápida. O resultado é um computador profissional com desempenho sem precedentes, contido em um design que tem apenas 25,1 cm de altura e tem um oitavo do volume de seu antecessor. ● Lançamento do OS X Mavericks, décima versão do sistema operacional da APPLE. 2014 ● Lançamento do OS X Yosemite, décima-primeira versão do sistema operacional da APPLE. ● Lançamento do iOS 8, nova versão do sistema para aparelhos móveis que traz novidades na Siri (a assistente de voz agora pode ser acionada sem que seja preciso encostar no telefone, bastando dizer “Hey, Siri”), fotos (com o aplicativo iPhotos, que permite acesso a qualquer foto tirada em qualquer aparelho da marca pertencente ao usuário), digitação e notificações.
Para acompanhar a evolução do design de alguns dos principais produtos criados pela APPLE ao longo dos anos clique na imagem abaixo para ampliar.
Uma lenda chamada Macintosh As bases do projeto Macintosh surgiram no início de 1979 com Jef Raskin, que idealizou um computador fácil de utilizar e barato para o grande público. Em dezembro foi autorizado a iniciar o projeto e começou a procurar um engenheiro capaz de construir o primeiro protótipo. Bill Atkinson, membro do projeto Lisa, apresentou-o a Burrell Smith, um técnico que acabara de ser contratado naquele ano pela APPLE. O primeiro protótipo obedecia às especificações de Jef Raskin: tinha 64 KB de memória, utilizava o lento microprocessador 6805E da Motorola e tinha um monitor de 256 x 256 pixels em preto e branco. Esta máquina utilizava menos controladores de memória que o computador Lisa, tornando sua fabricação bem mais barata. O projeto inovador do Macintosh atraiu a atenção de Steve Jobs que deixou o projeto Lisa para se concentrar no que viria a ser um dos maiores sucessos do setor. Em janeiro de 1981, assumiu a direção do projeto, forçando Jef Raskin a sair. O nome Macintosh deriva de um tipo de maçã.
O computador foi apresentado ao público de forma estrondosa em 22 de janeiro de 1984, durante o intervalo do Super Bowl (final do campeonato de futebol americano profissional), evento esportivo de maior audiência nos Estados Unidos, e que possui os 30 segundos mais caros da publicidade mundial. O célebre comercial, intitulado de “1984”, dirigido por Ridley Scott e apresentado uma única vez, foi considerado um dos melhores na história da publicidade mundial. O comercial consistia em uma metáfora para a liberdade, onde o Grande Irmão (figura da famosa borá de George Orwell) simbolizava a gigante IBM. O Macintosh chegou às prateleiras das lojas com um preço de US$ 2.495. O comercial pode ser assistido clicando aqui.
Inicialmente as vendas foram boas, mais de 50 mil unidades nos primeiros 100 dias, porém no natal desse mesmo ano, não se sustentaram devido a alguns problemas que o computador apresentava como a memória RAM e a conectividade do disco rígido. Apesar desses problemas, o Macintosh possuía um sistema operacional revolucionário, de uso fácil e intuitivo, utilizando nomes como “lata de lixo” e “notas” em substituição aos complicados comandos dos computadores antigos. O Macintosh foi o primeiro computador pessoal a popularizar a interface gráfica (GUI), na época um desenvolvimento revolucionário. Foi com o Macintosh que o mercado descobriu o desktop publishing, a arte de permitir ao próprio usuário, em casa ou no escritório, criar e editar em ambiente gráfico suas próprias cartas e material impresso com qualidade até então só disponível nas gráficas. A primeira campanha de marketing do Macintosh, chamada de “Test Drive a Mac”, foi introduzida no mercado em dezembro, onde celebridades como Mick Jagger, Michael Jackson e Andy Warhol foram presenteadas com o revolucionário computador, considerado pilar inicial para a fama de marca inovadora que a APPLE construiria nas décadas seguintes.
Ao longo dos anos o MACINTOSH passou por inúmeras atualizações e mudanças, incluindo um novo nome (iMac) e design revolucionário, como mostra abaixo a imagem.
O encontro dos maníacos pela maçã A Macworld/iWorld (anteriormente conhecida como Macworld Conference & Expo) é uma feira anual realizada em janeiro que se converteu no principal ponto de peregrinação da comunidade de empresas, analistas e aficionados que orbitam em torno da marca da maçã. A primeira edição foi realizada em 1985 na cidade de São Francisco na Califórnia. Até 2005, existiram duas edições anuais, uma em São Francisco, a outra na costa este, primeiro em Boston, depois em Nova York. Hoje em dia, ainda é considerada uma verdadeira “Meca” para “applemaníacos” do mundo inteiro. Nesta feira, a APPLE apresenta seus produtos e as tão esperadas novidades para a temporada, tanto em hardware quanto em software, que marcam a tendência de seu mercado. Durante vários anos, as antológicas apresentações comandadas por Steve Jobs, marcadas pela sua maneira peculiar de se apresentar, sempre de camiseta preta, jeans e tênis, característica marcante nas aparições públicas dele, eram uma atração aguardada com um misto de entusiasmo e devoção pelos mais apaixonados fãs da maçã mordida.
As lojas da maçã
Local de desejo de consumo, as lojas da APPLE são um sucesso absoluto para a marca. E isto começou no dia 19 de maio de 2001, quando a empresa inaugurou suas duas primeiras lojas de varejo, batizadas de APPLE STORE: uma na cidade de McLean, estado da Virginia, e outra em Glendale na Califórnia. As lojas tinham design moderno, limpo, espaçoso e inovador, onde os consumidores podiam saber tudo sobre produtos revolucionários como Macinstosh e iPod. O sucesso foi tanto que outras 25 unidades abriram pelo país. Em 2004 inaugurava uma unidade em Londres, primeira loja no continente europeu. A loja mais espetacular foi inaugurada no dia 19 de maio de 2006 na badalada 5ª Avenida no coração de Nova York. Como toda criação da empresa, a loja, que custou aproximadamente US$ 9 milhões, tinha visual inovador e surreal. Sua entrada era situada em um cubo de vidro de quase 10 metros de altura, decorado com a imagem prateada da maçã, o que lhe rendeu o apelido de “Cubo de Steve Jobs”. Inteiramente montada no subterrâneo de Manhattan – eram mais de 2.000 m² construídos no subsolo – oferecia mais de 100 computadores Macintosh e 200 iPods para serem experimentados antes da compra, bem como o maior sortimento de acessórios dentre todas as suas lojas no mundo.
Com cerca de 300 funcionários, a loja possuía também a maior das equipes de atendimento, com Mac Specialists, Mac Geniuses e Mac Creatives para oferecer suporte pessoal, orientação e trabalho em projetos criativos gratuitamente a qualquer hora do dia ou da noite, já que a loja funciona 24 horas por dia. Nos anos seguintes o sucesso dessas lojas se espalhou pelo mundo, chegando ao Canadá, ao Japão, a Itália, ao Reino Unido, a China e a Alemanha. A primeira Apple Store da América Latina foi inaugurada na cidade do Rio de Janeiro em 15 de fevereiro de 2014, e segue o visual de pavilhão das unidades internacionais, com uma área para testes de produtos e outra para a solução de dúvidas e realização de oficinas. Atualmente a rede conta com mais de 430 unidades em 16 países e, em recentemente, superou os US$ 15 bilhões em faturamento. A empresa não utiliza o termo “flagship” para suas lojas, prefere chamá-las “Significant Stores”, algo como lojas importantes.
Algumas de suas lojas contam com um cuidado estético tão aprimorado que se tornaram pontos turísticos e de peregrinação nas cidades onde estão instaladas. Como por exemplo, no distrito de Pudong em Xangai (cujo design é formado por um cilindro transparente que ergue a parte principal da loja, situada por baixo do pátio), em Istambul (primeiro local projetado por Norman Foster, arquiteto britânico contratado pela empresa para assumir o projeto para seu novo campus no Vale do Silício, cujo ambiente está embutido no chão e se parece muito com um MacBook ou um MacMini se for visualizado do alto), em Paris (instalada no prédio de um antigo banco, na famosa rua da Ópera, no coração da cidade, onde foram mantidos os detalhes arquitetônicos originais, desde as colunas de mármore até os pisos de mosaico), em Berlim (instalada em uma casa de ópera de 1913, cujas paredes são feitas de pedra calcária de uma pedreira local e mesas de carvalho alemão grossas, que exibem os produtos da marca), em Londres (localizada no popular bairro de Covent Garden, conta com três andares, sendo uma das maiores unidades da marca no mundo), em Hong Kong (fica suspensa sobre a rua, situada entre dois arranha-céus gigantescos, onde os carros passam por baixo, causando um efeito visual incrível), em Amsterdã (situada no edifício Hirsch, em Leidseplein, que foi inaugurado em 1882, quando abrigava uma agência de publicidade) e em plena Terminal Grand Central, na cidade de Nova York (onde para adquirir o imóvel a empresa investiu US$ 5 milhões).
A sede da maçã
A sede da APPLE está localizada em Cupertino, cidade situada a mais ou menos 70 km de São Francisco, em pleno Vale do Silício (“Silicon Valley” para os íntimos), no endereço mais famoso da cidade: 1, Infinite Loop Driveway. A cidade é basicamente a própria APPLE. O enorme campus, com 79.000 m², é formado por seis prédios baixos com seus vidros verdes como se fosse uma típica universidade. Todos os prédios da rua pertencem à empresa, e cada um possui um número de um dígito como endereço, sendo o endereço oficial da APPLE o 1 Infinite Loop. Infelizmente, a sede é um dos locais mais bem guardados da cidade, impedindo visitas ou tours programados e guiados. O consolo para os fãs é a completa loja da APPLE, onde se pode encontrar diversos produtos com o logotipo da marca (é a única loja que vende estes produtos), além de computadores, iPods, iPhones, iPads e acessórios.
Recentemente a APPLE anunciou a expansão de sua sede corporativa, um projeto que beira a megalomania. O novo complexo, batizado de Apple Campus 2, irá custar astronômicos US$ 5 bilhões. Para tocar o projeto, a empresa contratou em 2010 o escritório do arquiteto britânico Norman Foster, que tem no currículo obras como o aeroporto de Hong Kong, o novo estádio de Wembley, em Londres, e a Hearst Tower, em Nova York. O novo campus terá um anel de vidro curvado que ocupará uma área de 260.000 m² e abrigará 12 mil funcionários. A ideia é promover a colaboração, ao conectar espaços internos e externos através de um corredor longo e contínuo. O espaço externo é uma verdadeira reserva ecológica, cuja paisagem foi projetada para se assemelhar ao Vale de Santa Clara, onde Steve Jobs morou quando jovem. A paisagem não parece em nada um complexo de escritórios, e sim um parque repleto de árvores frutíferas, como cereja, ameixa e damasco, para não mencionar os chafarizes e as alamedas repletas de árvores. A ideia é substituir o asfalto por vegetação e os estacionamentos por parques de corrida e bicicleta. A intenção é disponibilizar mais de mil bicicletas na sede para que seus funcionários usem. O próprio edifício também é um ecossistema, uma vez que terá como objetivo tornar-se uma das construções mais ambientalmente sustentáveis do mundo. O novo campus deve ficar pronto apenas em meados de 2016.
O gênio por trás da marca
Steven Paul Jobs era o garoto-propaganda dos sonhos de qualquer publicitário. Idolatrado pelos consumidores de seus produtos e por boa parte dos funcionários da empresa que fundou e ajudou a transformar em uma das maiores companhias de capital aberto do mundo, em valor de mercado, ele foi um dos maiores defensores da popularização da tecnologia, uma pessoa com qualidades raras, um visionário capaz de transformar a indústria da tecnologia por várias vezes. Personificava como poucos os conceitos de arrojo e genialidade. Tanto que Jobs era o responsável por anunciar pessoalmente cada lançamento da APPLE, impondo uma visão de simplicidade no mercado da tecnologia. Isto porque, acreditava que computadores e gadgets deveriam ser fáceis o suficiente para ser operados por qualquer pessoa, como gostava de repetir em um de seus bordões prediletos, que era “simplesmente funciona” (em inglês, “it just works”).
Para muitos um gênio sem igual, Jobs apostou na música digital armazenada em memória flash quando o mercado ainda debatia se não seria mais interessante proteger os CDs para fugir da crescente indústria da pirataria. Acreditou que era preciso gastar poder computacional para criar ambientes gráficos de fácil utilização enquanto gigantes do setor ainda ensinavam usuários a editar o arquivo “AUTOEXEC.BAT” para configurar suas máquinas. Vislumbrou a oportunidade de criar smartphones para pessoas comuns ao mesmo tempo em que o foco dos principais fabricantes era repetir o sucesso corporativo do BlackBerry. E todas essas brilhantes ideias, surgiram sem quase nenhuma pesquisa de mercado. Sob seu comando a APPLE dependia muito pouco de pesquisas de mercado. “Não dá para sair perguntando às pessoas qual é a próxima grande coisa que elas querem. Henry Ford disse que, se tivesse questionado seus clientes sobre o que desejavam, a resposta seria um cavalo mais rápido”, afirmou, em entrevista à revista Fortune em 2008. Perfeccionista e workaholic assumido, ele gostava de controlar todos os processos produtivos da APPLE, resistindo, inclusive, à decisão de terceirizar gradativamente a fabricação dos produtos da marca para fabricantes chineses, plano proposto e executado pelo agora novo comandante da empresa, Tim Cook. Conhecido como um “micro-gerente”, nenhum produto da APPLE chegava aos consumidores se não passasse pelos rígidos padrões Jobs de qualidade e de excentricidade. Isso incluía, segundo relatos, o número de parafusos existentes na parte inferior de um notebook e a curvatura das quinas de um monitor.
Considerado uma espécie de pop-star corporativo do mundo dos negócios, ele nasceu no dia 24 de fevereiro de 1955 na cidade californiana de São Francisco, filho biológico de Joanne Simpson e do imigrante sírio Syrian Abdulfattah John Jandali, e criado pelos pais adotivos, Paul e Clara Jobs. Com apenas cinco anos mudou-se com seus pais adotivos para Palo Alto, cidade que posteriormente ficaria conhecida como um dos polos da tecnologia e comporia o chamado Vale do Silício. Não foi um aluno aplicado, achava a escola chata e isolava-se frequentemente dos colegas. Influenciado pela profissão do pai, mecânico de um laboratório de física, começou, desde muito novo, a se interessar por máquinas e pelo seu funcionamento, tendo uma mistura de paixão e curiosidade em montá-los e desmontá-los. Embora tenha abandonado a universidade no primeiro ano, comparecia a palestras técnicas na lendária Hewlett-Packard e fez um curso de caligrafia, que citou como o motivo dos computadores Macintosh serem desenhados com múltiplas tipografias. Foi nessa época, início dos anos de 1970, que iniciou uma parceria com Steve Wozniak, seu amigo de colegial. Porém com poucos recursos, os dois jovens tiveram que recorrer à garagem do pai de Jobs para instalar a sua pequena oficina. Para financiar os primeiros 50 circuitos do computador Apple I, ele teve que vender seu carro Volkswagen (uma Kombi) e Wozniak sua calculadora programável. Era o começo de um embrião que se chamaria APPLE. Sempre polêmico e implacável com seus concorrentes e adversários, ele, que era budista, fundou a APPLE após uma mística viagem à Índia em 1973 em busca do guru Neem Karoli Baba. O Maharaji morreu antes da chegada de Jobs, mas o americano dizia que havia encontrado a iluminação no LSD. “Minhas experiências com LSD foram uma das duas ou três coisas mais importantes que fiz em minha vida”, disse uma vez em entrevista ao jornal New York Times. Depois, como sempre polêmico, afirmou que seu rival, Bill Gates, seria “uma pessoa (com visão) mais ampla se tomasse ácido uma vez”.
Considerado o “Pai do Macintosh”, computador revolucionário que preconizou todos os futuros PCs depois de 1984, foi forçado a deixar a empresa que fundara em virtude de ferozes disputas internas, em 1985. Sua forte personalidade não deixou que ficasse quieto. Em 1986, comprou a então problemática divisão de animação gráfica da LucasFilm, e fundou a PIXAR ANIMATION STUDIOS, que anos mais tarde ficou famosa por uma nova linguagem de animação 3D para curtas e longas metragens, responsáveis por enormes sucessos como “Toy Story”, “Monstros S.A.” e “Procurando Nemo”. Fundou também a NeXT, uma empresa dedicada ao desenvolvimento de poderosos computadores indicados para o uso educacional e desenvolvimento de programas. Esses dois novos empreendimentos contribuíram para alavancar o mito em torno de seu “toque de Midas”.
Em dezembro de 1996, a APPLE adquiriu a NeXT, manobra que serviu para incorporar tecnologias ao grupo e trazer Jobs de volta para o comando da empresa, que se encontrava em uma situação financeira frágil e complicada. Sob sua orientação e comando, a APPLE aumentou suas vendas significativamente depois de inovações como o iMac, iPod, iPhone, a loja virtual iTunes e mais recentemente o iPad. Todos esses aparelhos já existiam, mas receberam o “toque de Midas” de Steve Jobs. Tocadores de MP3 já existiam, mas foi pensando na praticidade que surgiu o iPod. Smarphones com tela sensível ao toque não eram novidade, mas com a simplicidade do iPhone o mercado de dispositivos móveis passou a rever conceitos. Com os tablets, a história se repetiu. As pranchetas eletrônicas já existiam, mas as pessoas não viam sentido nelas. Até que Steve Jobs reformulou um dispositivo que estava desacreditado, investindo em um produto falido. Quem cometeria um desatino desses? Somente alguém que jamais desistiu de um sonho, digamos um tanto, ousado: mudar o mundo. Neste período, a APPLE experimentou um crescimento incomum na história do capitalismo americano.
Para ter ideia do que Steve Jobs era capaz de fazer, bastava assistir ou acompanhar as anuais palestras emblemáticas (chamadas de “Keynotes”), que ele comandava na MacWorld (feira oficial da APPLE), quando lançava suas tão esperadas e desejadas ideias, que nos últimos anos revolucionaram o mercado e a forma de como a sociedade se comunica, ouve música ou acessa a internet. Tais apresentações eram marcadas pela sua maneira única de se apresentar, sempre vestindo blusa preta de gola olímpica (da marca St. Croix), jeans e tênis New Balance modelo 991. Tudo muito “cool” como dizem os americanos. Cada vez que ele subia ao palco com seu visual minimalista para anunciar um novo produto, o mundo parava. Afinal, todos queriam saber o que a mais inovadora empresa do mundo andava aprontando. Era um verdadeiro mago nessas apresentações tão aguardadas pelo didatismo e capacidade de aglutinar o interesse do consumidor. Definitivamente a APPLE não seria a mesma sem Steve Jobs.
Em 2006, a Walt Disney Company comprou a PIXAR por impressionantes US$ 7.4 bilhões, e tornou Steve Jobs o maior acionista individual da empresa, onde ocupava também o cargo de conselheiro executivo. A rivalidade dele com Bill Gates, fundador da Microsoft, transformou-se em um elemento cultural do setor. Essa disputa pode ser conferida no filme produzido pelo canal de TV a cabo TNT, “Pirates of Silicon Valley”, que aborda a biografia deles e das suas empresas.
Steve Jobs anunciou no dia 14 de janeiro de 2008 que estava se afastando da empresa por licença médica até o final de junho. O executivo comunicou, por e-mail, aos funcionários que seus problemas de saúde eram mais complexos do que ele pensava, como atestava sua aparência debilitada, especialmente pela magreza acentuada. Steve Jobs também indicou a pessoa que assumiria os negócios durante sua licença: Tim Cook, então diretor-chefe de operações da APPLE. Mas, seu afastamento durou pouco e ele voltou para fazer novas apresentações revolucionárias como o iPad. Em meados de 2011, ele anunciou novamente, desta vez, em definitivo, seu afastamento da empresa, depois de passar por um transplante de fígado e ver seu obituário publicado acidentalmente em veículos importantes como a Bloomberg. “Eu sempre afirmei que se chegasse o dia em que eu não fosse mais capaz de cumprir minhas obrigações e expectativas como CEO da APPLE, eu seria o primeiro a informá-los disso. Infelizmente, este dia chegou”, afirmou, em comunicado. Parecia um prenuncio de que o fim estava próximo para um gênio que ajudou a tornar os computadores mais amigáveis e revolucionou a animação, a música digital e o telefone celular.
Exatamente no dia 5 de outubro de 2011 o mito se calou para sempre, aos 56 anos, vítima de um câncer raro e agressivo no pâncreas, contra o qual ele lutava desde 2004, e que o deixou fisicamente debilitado exatamente nos anos de maior sucesso comercial da empresa que criou. Casado com Laurene Powell desde 1991, Jobs deixou quatro filhos: Reed Paul, Erin Sienna, e Eve, nascidos de seu relacionamento com Laurene; e Lisa Brennan-Jobs, de um relacionamento anterior com a pintora Chrisann Brennan. Segundo estimativas, Steve Jobs deixou uma fortuna de US$ 8.3 bilhões. Nas horas seguintes ao anúncio oficial de seu falecimento, feito no site da empresa, milhares de pessoas começaram a publicar mensagens sobre o fundador da APPLE nas redes sociais. Muitas delas mudaram seus avatares para fotos de Jobs no Twitter e no Facebook. Um homem que era conhecido por ter um gênio difícil, que gritava com funcionários ou até mesmo demitia pessoas no elevador porque não respondiam satisfatoriamente uma pergunta, conseguiu com suas ideias e produtos fazer com que todos no planeta se unissem em torno de um ideal: “Stay hungry, stay foolish” (algo como “Não desista nunca”), frase usada em seu famoso discurso de formatura dos alunos da tradicional Universidade de Stanford em 2005. Talvez o presidente Barack Obama tenha melhor definido quem foi Steve Jobs: “suficientemente valente para pensar de modo diferente, suficientemente ousado para acreditar que poderia mudar o mundo e com o talento necessário para consegui-lo”. Afinal, sua influência pode ser percebida em toda a parte. Ela está nos computadores e celulares, passando por indústrias inteiras, como a da música, dos filmes, dos livros e dos games.
A campanha “Pense Diferente” A APPLE, que iniciou na década de 1970 a revolução dos computadores pessoais, vinha perdendo grande parte desse mercado no início dos anos de 1990. Com uma série de produtos inovadores e campanhas publicitárias geniais, a empresa começou a recuperar parte do mercado que havia perdido. Em 28 de setembro de 1997 durante a pré-estreia do filme “Toy Story”, foi apresentada a campanha Think Different (“Pense Diferente”). Com peças impressas, mídia externa (outdoors, pinturas de parede, tetos de ônibus e pôsteres) e um comercial de televisão de 1 minuto, a campanha celebrava figuras históricas que mudaram o mundo por pensarem de maneira diferente, como por exemplo, Albert Einstein, Mahatma Gandhi, Martin Luther King, Jr., Pablo Picasso, Maria Callas, Thomas Edson, Miles Davis, Jim Henson, Ted Turner, John Lenon & Yoko Ono, Frank Sinatra e Muhammad Ali, entre outros, exemplificando porque as pessoas deveriam ter um Macintosh. Uma homenagem a gênios criativos que nos servem de inspiração até os dias de hoje.
É uma versão reduzida do texto abaixo que o ator Richard Dreyfuss narrou no anúncio para televisão, enquanto cenas em preto e branco de gênios da história apareciam.
Here’s to the Crazy Ones. The misfits.The rebels. The troublemakers. The round pegs in the square holes. The ones who see things differently. They’re not fond of rules. And they have no respect for the status quo. You can praise them, disagree with them, quote them, disbelieve them, glorify or vilify them. About the only thing that you can’t do, is ignore them. Because they change things. They invent. They imagine. They heal. They explore. They create. They inspire. They push the human race forward. Maybe they have to be crazy. How else can you stare at an empty canvas and see a work of art? Or, sit in silence and hear a song that hasn’t been written? Or, gaze at a red planet and see a laboratory on wheels? We make tools for these kinds of people. While some may see them as the crazy ones, we see genius. Because the ones who are crazy enough to think that they can change the world, are the ones who do.
O sucesso foi enorme e começava ali o renascimento da APPLE como marca. As pessoas que eram fiéis a marca foram resgatadas, levando consigo milhões de novos seguidores. Os criativos da TBWA Chiat/Day, agência que criou a campanha, disseram em entrevista, que nunca poderiam produzir esses anúncios para o Macintosh, com a rapidez que foram feitos, sem a própria tecnologia Macintosh. Assista abaixo ao filme que transformou a APPLE como marca.
A evolução visual
O logotipo original da APPLE, desenhado por Ron Wayne, conhecido por muitos como o terceiro fundador da empresa, mostrava Isaac Newton embaixo de uma macieira. O símbolo da empresa, dizem alguns, foi escolhido, pois representava o senso de descoberta. Afinal, Newton formulou a lei da gravidade quando uma maçã caiu em sua cabeça. No logotipo original da marca é possível ler a seguinte frase: “Newton…A mind forever Voyaging Through strange seas of thought…alone”. Esse símbolo nunca teria muito futuro. Extremamente detalhado, sua reprodução em tamanhos diminutos seria um extremamente complicado. Por isso, esse logotipo duraria apenas alguns meses.
Devido à complexidade e dificuldade de ser reproduzido em vários tamanhos, Steve Jobs contratou Rob Janoff, em 1976, para redesenhar o logotipo. O resultado foi o surgimento do famoso logotipo representado por uma maçã colorida com uma mordida, que muitos acreditam estar relacionando à marca com a história bíblica de Adão e Eva (a maçã é o fruto da árvore da sabedoria) ou até mesmo com o matemático Alan Turing, considerado o pai do computador, que cometeu suicídio comendo uma maçã que ele havia envenenado com cianeto. Porém, o raciocínio mais lógico para a inspiração do logotipo seria: a associação da maçã com conhecimento e a famosa mordida, que significaria a aquisição do conhecimento. Pelo lado bíblico, simbolizaria a sedução provocada pelos seus produtos e a busca por nossos desejos. Também é um trocadilho: mordida, em inglês, é bite, que obviamente lembra byte. E byte, é coisa de computador. Já as cores também têm vários significados: um deles remete aos estudos de Newton com os prismas. Outra é mais simples: são as cores do arco-íris (mas não seguem a mesma ordem). Porém a mais coerente é que o primeiro computador pessoal da empresa conseguia reproduzir imagens em um monitor a cores. O nome APPLE, com a tipografia serifada clássica, era utilizado como complemento para determinados meios, não sendo obrigatório, portanto.
Em 1998 a maçã se tornou monocromática e preta. Já no ano seguinte o logotipo assumiu várias cores para acompanhar as cores do iMac. Em 2001 a maçã ganhou uma coloração cinza/prateada com efeitos de sombreamento. O logotipo atual, introduzido em 2003, adotou uma cor cinza cromada, passando uma imagem de tecnologia e sobriedade.
Dependendo da aplicação o logotipo adota a cor cinza sem os efeitos de sombreamento.
Ocasionalmente a APPLE utiliza o logotipo com o nome da empresa ao lado da maçã. Esse logotipo também evoluiu com o pesar dos anos.
Os slogansiTunes, we’ve just turned on the radio. (2014, iTunes Radio) Progress is a beautiful thing. (2013, iPhone 5s) This changes everything. Again. (2010, iPhone 4) From the creators of iPod. (2004, iMac) 10,000 songs in your pocket. (2004, iPod) Rip, mix, burn. (2001, iTunes) A new spin on music. (2001, iTunes) It’s the biggest thing to happen to Macintosh since the Macintosh. (2001, OS X) iThink, therefore iMac. (1998, iMac) Think different. (1997-2002) The power to be your best. (1990) Changing the world — one person at a time. (1986) The computer for the rest of us. (1984) Simplicity is the Ultimate Sophistication. (ano de 1970) Byte into an Apple. (anos de 1970)
Dados corporativos ● Origem: Estados Unidos ● Fundação: 1 de abril de 1976 ● Fundador: Steve Jobs, Steve Wozniak e Ronald Wayne ● Sede mundial: Cupertino, Califórnia ● Proprietário da marca: Apple Inc. ● Capital aberto: Sim (1979) ● Chairman: Arthur D. Levinson ● CEO: Tim Cook ● Faturamento: US$ 170.9 bilhões (2013) ● Lucro: US$ 37 bilhões (2013) ● Valor de mercado: US$ 552.5 bilhões (junho/2014) ● Valor da marca: US$ 98.316 bilhões (2013) ● Lojas: 425 ● Presença global: 155 países ● Presença no Brasil: Sim ● Funcionários: 80.300 ● Segmento: Eletrônicos ● Principais produtos: Computadores, notebooks, smartphones, tablets e tocadores de música ● Concorrentes diretos: HP, Dell, Microsoft, Acer, Toshiba, Samsung, LG, Nokia, Motorola, Sony, Amazon e Google ● Ícones: Steve Jobs, Macintosh e a maçã ● Slogan: Não tem slogan corporativo no momento ● Website: www.apple.com.br
O valor
Segundo a consultoria britânica Interbrand, somente a marca APPLE está avaliada em US$ 98.316 bilhões, ocupando a posição de número 1 no ranking das marcas mais valiosas do mundo. A empresa também ocupa a posição de número 5 no ranking da revista FORTUNE 500 de 2014 (empresas de maior faturamento no mercado americano).
Em 2020 a Apple
Pelo terceiro ano consecutivo, o ranking das 500 marcas mais valiosas do mundo traz a Amazon, de Jeff Bezos, no topo. A marca está avaliada em US$ 220,7 bilhões. Na segunda colocação vem a Google, que subiu uma posição em relação ao ranking de 2019, com US$ 159,7 bilhões, ultrapassando a Apple, que caiu para terceiro, com US$ 140,5 bilhões. Os dados são da consultoria Brand Finance, especializada em avaliação de negócios. Os números são históricos, pois é a primeira vez que uma empresa ultrapassa a marca dos US$ 200 bilhões…. – Veja mais em https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2020/02/23/amazon-lidera-ranking-de-marcas-mais-valiosas-de-2020-google-passa-a-apple.htm?cmpid=copiaecola
A marca nos mundo
A mais criativa e inovadora empresa do mundo está presente em mais de 125 países, contando com aproximadamente 430 lojas próprias localizadas, em grande maioria, nos Estados Unidos, além de unidades em outros 15 países como Inglaterra, Canadá, Japão, Itália, Austrália, China, Suíça, Alemanha, França, Espanha, Turquia, Holanda e Brasil. Em 2013 seu faturamento foi superior a US$ 170 bilhões. E desse montante, o iTunes, faturou aproximadamente US$ 6 bilhões dos US$ 10 bilhões ganhos com vendas de produtos digitais. O sucesso da marca pode ser traduzido em números: O iTunes já vendeu mais de 17 bilhões de músicas, desde seu lançamento; o iPod, que está em declínio no mercado, já vendeu mais de 350 milhões de unidades desde seu lançamento; foram comercializados mais de 800 milhões de aparelhos com o sistema iOS, incluindo 200 milhões de iPads e 500 milhões de iPhones; mais de 55 bilhões de aplicativos baixados através da App Store; as vendas na Apple Stores, onde já passaram mais de 450 milhões de pessoas, chegam a cifras superiores a US$ 14 bilhões anualmente; além de possuir mais de 80 milhões de usuários de seus computadores. Outro dado relevante é que 97% dos usuários do iOS estão com a versão mais recente do sistema em seus aparelhos. Se não bastasse esse expressivos números, dois de seus ícones, o iPhone e o iPad, faturam mais que todos os produtos da Microsoft, cujo pilar é o Windows. Em 2013 a empresa investiu US$ 4.5 bilhões na área de Pesquisa e Desenvolvimento. Se Alexandre “O Grande” estivesse vivo estaria com medo desse reinado. Afinal, a APPLE nunca foi tão rica e poderosa.
Você sabia? ● O “i” encontrado na frente do nome de vários produtos da marca (como por exemplo, iPod, iPhone e iMac) originalmente representava a “internet” mas, passado algum tempo, adquiriu a conotação de pessoal, uma vez que “I”, em inglês, significa “eu”. ● Embora atualmente a APPLE ainda detenha exíguos 5% do mercado mundial de computadores, analistas dizem que o sistema operacional, MAC OS X, representa, pela primeira vez, uma ameaça real ao poderoso Windows da Microsoft. ● Há seis anos consecutivos (2008-2013) a APPLE é eleita a empresa mais admirada do mundo pelo ranking da tradicional revista Fortune.
As fontes: as informações foram retiradas e compiladas do site oficial da empresa (em várias línguas), revistas (Fortune, Forbes, Newsweek, BusinessWeek, MacMagazine, Exame e Isto é Dinheiro), jornais (Valor Econômico e Meio Mensagem), sites especializados em Marketing e Branding (BrandChannel, Interbrand e Mundo Marketing), Wikipedia (informações devidamente checadas) e sites financeiros (Google Finance, Yahoo Finance e Hoovers).
Última atualização em 29/6/2014
Fonte: Mundo das Marcas